Paulo Freire e Amílcar Cabral - A descolonização das mentes
José Eustáquio Romão e Moacir Gadotti
Na década de 1970, Paulo Freire assessorou vários países da África que haviam se libertado da colonização europeia, cooperando na implantação de seus sistemas de ensino pós-coloniais. O processo de descolonização e reconstrução nacional tinha por base de suas políticas o princípio da autodeterminação e a valorização da sua
cultura e da sua história.
O trabalho de Paulo Freire na África foi decisivo para a sua trajetória,não só por reencontrar-se com sua própria história e por empreender novos desaos no campo da alfabetização de adultos, mas,principalmente, pelo encontro com a teoria e a prática desse extraordinário pensador e revolucionário que foi Amílcar Cabral, por quem Paulo Freire nutria enorme apreço. Em suas obras, ele faz frequentes referências ao pensamento de Amílcar Cabral. A África,berço da humanidade, foi para Paulo Freire uma grande escola. Amílcar Cabral sustentava que a libertação nacional é um ato cultural. A libertação política não elimina a presença do colonizador. Ele continua na cultura imposta e introjetada no colonizado. O trabalho educativo pós-colonial se impõe como tarefa de descolonização das mentes e dos corações. Assim como é necessária a luta social para a descolonização política, também é necessária a luta por uma outra educação, libertada dos traumas coloniais e que consiga descolonizar as mentes.
Os autores deste livro mostram as convergências entre Amílcar Cabral e Paulo Freire na luta intransigente contra todas as formas de opressão, em defesa da autoconscientização, portanto da descolonização das mentes, e da conquista da autonomia pelos(as) próprios(as) oprimidos(as), e os nexos mais profundos entre o legado de ambos, especialmente no que diz respeito à Razão Revolucionária, tanto em seu sentido político quanto em seu significado gnosiológico, epistemológico e pedagógico.
cultura e da sua história.
O trabalho de Paulo Freire na África foi decisivo para a sua trajetória,não só por reencontrar-se com sua própria história e por empreender novos desaos no campo da alfabetização de adultos, mas,principalmente, pelo encontro com a teoria e a prática desse extraordinário pensador e revolucionário que foi Amílcar Cabral, por quem Paulo Freire nutria enorme apreço. Em suas obras, ele faz frequentes referências ao pensamento de Amílcar Cabral. A África,berço da humanidade, foi para Paulo Freire uma grande escola. Amílcar Cabral sustentava que a libertação nacional é um ato cultural. A libertação política não elimina a presença do colonizador. Ele continua na cultura imposta e introjetada no colonizado. O trabalho educativo pós-colonial se impõe como tarefa de descolonização das mentes e dos corações. Assim como é necessária a luta social para a descolonização política, também é necessária a luta por uma outra educação, libertada dos traumas coloniais e que consiga descolonizar as mentes.
Os autores deste livro mostram as convergências entre Amílcar Cabral e Paulo Freire na luta intransigente contra todas as formas de opressão, em defesa da autoconscientização, portanto da descolonização das mentes, e da conquista da autonomia pelos(as) próprios(as) oprimidos(as), e os nexos mais profundos entre o legado de ambos, especialmente no que diz respeito à Razão Revolucionária, tanto em seu sentido político quanto em seu significado gnosiológico, epistemológico e pedagógico.
年:
2012
出版社:
Ed,L - Editora e Livraria Paulo Freire
语言:
portuguese
页:
125
ISBN 10:
8561910852
ISBN 13:
9788561910853
文件:
PDF, 1.53 MB
IPFS:
,
portuguese, 2012